O presidente também fez críticas aoTSEpela resistência ao diálogo com as Forças Armadas sobre a segurança do pleito deste ano.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) realizou na segunda-feira (18) uma apresentação aos embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada, em Brasília, para expor sua preocupação com a segurança da urnas eletrônicas nas eleições de outubro deste ano.
Bolsonaro utilizou vídeos, documentos e notícias de diferentes veículos de informação na exposição que teve como objetivo a “transparência e confiança” nas eleições brasileiras.
O mandatário falou novamente sobre a invasão de um hacker ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) através do inquérito aberto pela Polícia Federal em 2018, com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF). O invasor alega ter tido acesso aos códigos-fonte da corte eleitoral e que conseguiu a senha de um magistrado.
“Hackers ficaram por oito meses dentro do TSE. Ao longo do inquérito, eles poderiam alterar nomes de candidatos e transferir votos de um para transferir a outros”, argumentou Bolsonaro.
O chefe do Executivo também rebateu a versão de que esteja preparando um golpe nas eleições de 2022.
“Tudo que vou falar aqui está documentado, nada da minha cabeça. O que mais quero por ocasião das eleições é a transparência. Queremos que o ganhador seja aquele que realmente seja votado”, afirmou.
Bolsonaro também declarou não saber o intuito do convite realizado pelo TSE, através do ministro e presidente da Corte, Edson Fachin, a observadores internacionais para atuação durante as eleições.
“No Brasil, não tem como acompanhar a apuração [das urnas eletrônicas]. Eu não sei o que vem fazer observadores de fora por aqui. Vão fazer o que se o sistema é falho e inauditável?”, criticou o presidente ao mesmo tempo que classificou Fachin como o “responsável por tornar Lula elegível”.
A respeito do ministro Luís Roberto Barroso, Bolsonaro argumentou que sua vaga no STF foi designada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) após sua defesa ao terrorista Cesare Battisti e que “graças a isso, certamente, ele ganhou confiança do PT”, disse.
O chefe do Executivo falou sobre a veiculação de um vídeo onde o ministro Alexandre de Moraes afirma que o TSE irá cassar o registro de candidatura daqueles que cometerem crimes eleitorais de propagação de “noticias falsas” referindo-se ao suposto gabinete do ódio que até hoje não se mostraram provas de sua existência.
“Atentar contra as eleições e a democracia. Quem faz isso é o próprio TSE ao esconder, ao tentar esconder o inquérito de 2018. Não pode um magistrado ameaçar quem quer se seja”, opinou.
Bolsonaro reiterou as críticas ao TSE pela resistência ao diálogo com as Forças Armadas sobre a segurança do pleito deste ano.
“Por que nos convidaram? Achavam que iam dominar as Forças Armadas? Será que se esqueceram que sou o chefe supremo das Forças Armadas? Jamais as Forças Armadas participariam de uma farsa. (…) Todas as sugestões apresentadas pelas Forças Armadas podem ser cumpridas até 2 de outubro (data do primeiro turno). E, se tiver qualquer despesa extra, o Poder Executivo arranja recursos para tal”, concluiu o presidente, nesta segunda-feira.
Reajuste foi informado pela estatal na tarde de segunda-feira.
A Petrobras vai reduzir nesta terça-feira (16) o preço devenda da gasolina A para as distribuidoras de combustível em R$ 0,18.
O reajuste foi informado no início da tarde da segunda-feira (15) pela estatal. Antes do anúncio a Petrobras já havia divulgado reduções no preço da gasolina em 19 e 28 de julho.
Com a redução, o litro da gasolina vendido pela Petrobras deixará de custar R$ 3,71 e passará a custar R$ 3,53, em uma queda de cerca de 4,8%.
A empresa afirma que “a redução acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”.
Como a gasolina vendida nos postos de combustível recebe mistura obrigatória de 27% de etanol anidro, a Petrobras calcula que a sua parcela no custo final da gasolina paga pelos motoristas passará a ser de R$ 2,57 para cada litro.
Com a nova medida, Petrobras segue se ajustando às pressões políticas dos últimos meses e dá sinais de uma mudança de direção na política de combustíveis, com afinidade com o governo federal. Em 28 de junho, Caio Mário Paes de Andrade assumiu a presidência da empresa, justamente com a missão de sintonizar os interesses da estatal com os do Poder Executivo, além de aprimorar a comunicação com a sociedade.
A população brasileira irá às urnas para escolher quem ocupará os cargos de presidente, governadores, senadores, deputados federais e deputados estaduais.
A campanha eleitoral começou oficialmente nesta terça-feira (16): os candidatos, partidos e federações estão liberados para fazer propaganda eleitoral na internet e nas ruas. O primeiro turno das eleições será no dia 2 de outubro, quando serão escolhidos presidente, governadores, senadores, deputados federais e deputados estaduais.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), até 1º de outubro, um dia antes do primeiro turno, está liberada a realização de caminhadas, carreatas com carro de som, distribuição de material de campanha, comícios e compra de publicidade paga nos meios de comunicação.
Os comícios poderão ser feitos entre as 8h e a meia-noite, horário que poderá ser prorrogado por mais duas horas no caso de campanha. Os carros de som estão liberados para transitar nas ruas entre as 8h e as 22h.
A distribuição de material de campanha pelos candidatos durante passeatas ou carreatas só poderá ser feita até as 22h.
Os partidos e candidatos também poderãocomprar até dez anúncios de propaganda eleitoral em jornais e revistas diferentes, em datas diversas, respeitando o espaço máximo por edição de um oitavo por página de jornal e de um quarto de página de revista.
Na internet, a propaganda eleitoral pode ser feita em sites e redes sociais, mas deve ser identificada como publicidade e exibir o nome do candidato, partido, coligação ou federação. A propaganda por meio de telemarketing também é proibida.
A propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão começa no dia 26 de agosto.
O indicador mensal de atividade econômica cresceu quase três vezes mais do que o esperado. A economia cresceu 3% desde junho de 2021 e 2,9% até agora durante o governo de Jair Bolsonaro.
O Banco Central do Brasil confirmou que a atividade econômica cresceu 0,69% em junho, na série com ajuste sazonal do indicador mensal. Os dados efetivamente pesquisados superaram confortavelmente todas as projeções de mercado, pois se esperava alcançar uma expansão de apenas 0,25%.
O nível de atividade correspondente ao segundo trimestre do ano registrou aumento de 0,57% em relação ao trimestre imediatamente anterior. Isso marca uma forte aceleração quando comparado às variações registradas entre o primeiro trimestre de 2021 e o último trimestre de 2020.
O IBC-Br reúne informações do nível de atividade dos três setores da economia: agropecuária, indústria e serviços.
A série com ajuste sazonal da atividade econômica mensal mostra forte crescimento de 3,09% em relação ao mês de junho do ano passado, e expansão de 2,18% na comparação dos primeiros 6 meses de 2022 em relação aos primeiros 6 meses de 2021.
A economia brasileira apresentou grande dinamismo a partir de outubro do ano passado, após uma interrupção abrupta do crescimento em março daquele ano. Entre setembro de 2021 e junho de 2022, a atividade mensal teve alta de 3,14%.
Essa dinâmica expansiva ocorreu apesar do aumento da taxa de política monetária realizado pelo Banco Central de Roberto Campos Neto. A taxa SELIC subiu de 6,5% anual nominal em outubro de 2021 para 13,25% em junho de 2022, e desde agosto atingiu 13,75%.
Até agora na gestão de Jair Bolsonaro como presidente e Paulo Guedes como ministro da Economia, a atividade econômica brasileira acumulou um crescimento de 2,91%. Os níveis atuais de atividade são os mais altos desde abril de 2015, quando a economia brasileira estava em colapso no final do mandato de Dilma Rousseff.
Atividade econômica mensal no Brasil entre 2013 e 2022.
A média de 12 meses da série com ajuste sazonal mostra que a economia segue com a tendência de crescimento que tinha antes da pandemia, revertendo parcialmente os efeitos da crise herdada pelo PT.
As projeções de crescimento para o final do ano melhoraram consideravelmente. Enquanto em janeiro os mercados financeiros e consultores esperavam uma leve expansão de apenas 0,3% para 2022, agora a projeção é atingir um piso de pelo menos 2% ao ano.
A recuperação da economia produziu forte impacto no mercado de trabalho, conexão que se viu lubrificada em maior medida pelas políticas de flexibilização regulatória realizadas por Bolsonaro. A taxa de desemprego caiu para 9,3% no trimestre encerrado em junho e para 9,16% na série com ajuste sazonal do indicador.
Ao lado do melhor nível de atividade desde 2015, os números referentes ao desemprego aberto são os mais baixos desde janeiro de 2016. A proporção de desempregados em relação à população ativa caiu 3,5% até o momento no governo Bolsonaro.