Desde o pico de 1,3% em outubro do ano passado, a autoridade monetária brasileira tem conseguido reduzir a inflação de forma consistente, com tendência de queda desde novembro.
O Banco Central do Brasil revelou que a inflação mensal fechou em 0,55% durante o mês de janeiro, em relação ao mês anterior, o menor patamar desde junho do ano passado.
Esses dados estavam em linha com o consenso das expectativas do mercado, e com as previsões do próprio Banco Central, então o programa monetário de Roberto Campos Neto é crível e está dando resultados.
Os aumentos se mostraram díspares, pois itens como alimentos e bebidas não alcoólicas aumentaram 1,11% em janeiro, enquanto os transportes caíram 0,11%, juntamente com a queda nos preços dos combustíveis. Este último efeito se deve às políticas do ministro Paulo Guedes em favor da redução de impostos no setor.
Además del frente fiscal☝️, Brasil ha endurecido la política monetaria (SELIC 10.76 vs 6.68 inflación anual enero 2022): tasa real de interés +4pp anual. La inflación desciende por 3er mes consecutivo. Marcadas diferencias con el manejo macroeconómico de Argentina. pic.twitter.com/dTlpybwS6a
A inflação mensal caiu pelo terceiro mês consecutivo, com o nível geral de preços aumentando 1,25% em outubro de 2021, 0,95% em novembro, 0,73% em dezembro e, finalmente, 0,55% no primeiro mês deste ano. A elevação da taxa de política monetária no Brasil visa atacar diretamente o fenômeno inflacionário.
Ao contrário de grande número de países do mundo, incluindo Estados Unidos e União Europeia, o Brasil adotou uma política monetária extremamente contracionista assim que a emergência representada pela pandemia foi superada. Essa ação rápida foi responsável por estabilizar as expectativas naquele país, evitando assim um maior aprofundamento da inflação.
Com os aumentos de janeiro, a inflação anual se estabilizou em 10,38%, que ainda é o maior nível desde fevereiro de 2016. Os mercados estimam uma forte redução da inflação anual ao longo do ano, atingindo 5,44% anual para dezembro. Essa meta parece viável dada a política monetária de Campos Neto, que projeta uma nova alta de juros para 11,75% ao ano até meados de 2022.
Roberto Campos Neto, atual presidente do Banco Central do Brasil.
Deve-se levar em consideração que a atual taxa Selic de política monetária, que ainda está em 10,75% ao ano, contrasta com a inflação de 0,55% ao mês, que, anualizada, chega a 6,68%. Ou seja, as taxas do Banco Central do Brasil são fortemente positivas, mesmo quando comparadas com a inflação homóloga entre janeiro de 2020 e janeiro de 2021. Essa política se assemelha à que Paul Volcker havia adotado nos Estados Unidos e promete para obter resultados semelhantes.
Apesar de ser um ano eleitoral, o governo Bolsonaro pressionou por um ajuste fiscal drástico ao longo de 2021, e o governo federal atualmente registrou superávit primário em janeiro deste ano, pela primeira vez desde 2014.
Ao mesmo tempo, a taxa de política monetária manteve-se em alta ao longo de 2021, e seguirá a mesma trajetória até meados deste ano, independentemente das necessidades do setor público ou da chegada das eleições.
Reajuste foi informado pela estatal na tarde de segunda-feira.
A Petrobras vai reduzir nesta terça-feira (16) o preço devenda da gasolina A para as distribuidoras de combustível em R$ 0,18.
O reajuste foi informado no início da tarde da segunda-feira (15) pela estatal. Antes do anúncio a Petrobras já havia divulgado reduções no preço da gasolina em 19 e 28 de julho.
Com a redução, o litro da gasolina vendido pela Petrobras deixará de custar R$ 3,71 e passará a custar R$ 3,53, em uma queda de cerca de 4,8%.
A empresa afirma que “a redução acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”.
Como a gasolina vendida nos postos de combustível recebe mistura obrigatória de 27% de etanol anidro, a Petrobras calcula que a sua parcela no custo final da gasolina paga pelos motoristas passará a ser de R$ 2,57 para cada litro.
Com a nova medida, Petrobras segue se ajustando às pressões políticas dos últimos meses e dá sinais de uma mudança de direção na política de combustíveis, com afinidade com o governo federal. Em 28 de junho, Caio Mário Paes de Andrade assumiu a presidência da empresa, justamente com a missão de sintonizar os interesses da estatal com os do Poder Executivo, além de aprimorar a comunicação com a sociedade.
A população brasileira irá às urnas para escolher quem ocupará os cargos de presidente, governadores, senadores, deputados federais e deputados estaduais.
A campanha eleitoral começou oficialmente nesta terça-feira (16): os candidatos, partidos e federações estão liberados para fazer propaganda eleitoral na internet e nas ruas. O primeiro turno das eleições será no dia 2 de outubro, quando serão escolhidos presidente, governadores, senadores, deputados federais e deputados estaduais.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), até 1º de outubro, um dia antes do primeiro turno, está liberada a realização de caminhadas, carreatas com carro de som, distribuição de material de campanha, comícios e compra de publicidade paga nos meios de comunicação.
Os comícios poderão ser feitos entre as 8h e a meia-noite, horário que poderá ser prorrogado por mais duas horas no caso de campanha. Os carros de som estão liberados para transitar nas ruas entre as 8h e as 22h.
A distribuição de material de campanha pelos candidatos durante passeatas ou carreatas só poderá ser feita até as 22h.
Os partidos e candidatos também poderãocomprar até dez anúncios de propaganda eleitoral em jornais e revistas diferentes, em datas diversas, respeitando o espaço máximo por edição de um oitavo por página de jornal e de um quarto de página de revista.
Na internet, a propaganda eleitoral pode ser feita em sites e redes sociais, mas deve ser identificada como publicidade e exibir o nome do candidato, partido, coligação ou federação. A propaganda por meio de telemarketing também é proibida.
A propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão começa no dia 26 de agosto.
O indicador mensal de atividade econômica cresceu quase três vezes mais do que o esperado. A economia cresceu 3% desde junho de 2021 e 2,9% até agora durante o governo de Jair Bolsonaro.
O Banco Central do Brasil confirmou que a atividade econômica cresceu 0,69% em junho, na série com ajuste sazonal do indicador mensal. Os dados efetivamente pesquisados superaram confortavelmente todas as projeções de mercado, pois se esperava alcançar uma expansão de apenas 0,25%.
O nível de atividade correspondente ao segundo trimestre do ano registrou aumento de 0,57% em relação ao trimestre imediatamente anterior. Isso marca uma forte aceleração quando comparado às variações registradas entre o primeiro trimestre de 2021 e o último trimestre de 2020.
O IBC-Br reúne informações do nível de atividade dos três setores da economia: agropecuária, indústria e serviços.
A série com ajuste sazonal da atividade econômica mensal mostra forte crescimento de 3,09% em relação ao mês de junho do ano passado, e expansão de 2,18% na comparação dos primeiros 6 meses de 2022 em relação aos primeiros 6 meses de 2021.
A economia brasileira apresentou grande dinamismo a partir de outubro do ano passado, após uma interrupção abrupta do crescimento em março daquele ano. Entre setembro de 2021 e junho de 2022, a atividade mensal teve alta de 3,14%.
Essa dinâmica expansiva ocorreu apesar do aumento da taxa de política monetária realizado pelo Banco Central de Roberto Campos Neto. A taxa SELIC subiu de 6,5% anual nominal em outubro de 2021 para 13,25% em junho de 2022, e desde agosto atingiu 13,75%.
Até agora na gestão de Jair Bolsonaro como presidente e Paulo Guedes como ministro da Economia, a atividade econômica brasileira acumulou um crescimento de 2,91%. Os níveis atuais de atividade são os mais altos desde abril de 2015, quando a economia brasileira estava em colapso no final do mandato de Dilma Rousseff.
Atividade econômica mensal no Brasil entre 2013 e 2022.
A média de 12 meses da série com ajuste sazonal mostra que a economia segue com a tendência de crescimento que tinha antes da pandemia, revertendo parcialmente os efeitos da crise herdada pelo PT.
As projeções de crescimento para o final do ano melhoraram consideravelmente. Enquanto em janeiro os mercados financeiros e consultores esperavam uma leve expansão de apenas 0,3% para 2022, agora a projeção é atingir um piso de pelo menos 2% ao ano.
A recuperação da economia produziu forte impacto no mercado de trabalho, conexão que se viu lubrificada em maior medida pelas políticas de flexibilização regulatória realizadas por Bolsonaro. A taxa de desemprego caiu para 9,3% no trimestre encerrado em junho e para 9,16% na série com ajuste sazonal do indicador.
Ao lado do melhor nível de atividade desde 2015, os números referentes ao desemprego aberto são os mais baixos desde janeiro de 2016. A proporção de desempregados em relação à população ativa caiu 3,5% até o momento no governo Bolsonaro.